Billboard lança review de Bangerz – música por música

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Ponha de lado, pelo menos por um momento, as roupas propositalmente chamativas, o mostrar frequente da língua e qualquer coisa que envolva a palavra twerk. Em um nível puramente artístico, Miley Cyrus está vivendo o sonho de qualquer cantor e compositor que se sentiu rotulado por qualquer representação do passado. Ao longo dos últimos seis meses, Cyrus tem incendiado sua personalidade de Hannah Montana e se reinventou como uma rap-loving, com uma abrangente profanação da cifra pop, como ela prometeu que faria; Ela rejeitou seu último trabalho, Can’t Be Tamed, lançado em 2010 com a Hollywood Records, como uma relíquia irrelevante de uma outra vida, e foi capaz de apresentar uma visão firme de sua música e sua loucura circundante, sem hesitação. E ela, por todas as métricas, conseguiu algo maior do que ela poderia ter imaginado, sem desviar para nada além de seus próprios extintos. A maioria dos artistas musicais mataria para ter esse tipo de liberdade e ser tão notado universalmente por causa disso. Muitos artistas do pop têm manifestado suas reações à música e travessuras de Cyrus, mas em uma época em que Britney Spears, Lady Gaga, Katy Perry e Justin Timberlake estão lançando novos álbuns, Bangerz é o álbum pelo qual todos estão esticando seus pescoços, porque Cyrus é a artista que todo mundo tem falado.
Bangerz, o quarto álbum de estúdio de Cyrus e seu primeiro com a RCA Records,  é um som de uma cantora depois de um par de grandes singles, a partir da mesma perspectiva que deu origem a esses dois hits. Em outras palavras, o álbum mostra Cyrus trabalhando com quem ela quer trabalhar, cantando sobre o que ela quer cantar, como se ela fosse uma criança em um arcade com um bolso cheio de moedas. Às vezes, a visão da garota de 20 anos precisa ser ajustada, como a colaboração com French MontanaFU, e Someone Else, que se parece com a canção centenária e dramática de separação presente no álbum, e toca por quase 5 minutos. Mas, mais frequentemente do que não, as ousadas atitudes de Cyrus guiaram ela à invenção de 4×4, um dueto com Nelly, que soa terrível no conceito, mas é executada de forma eficiente. Do My Thang poderia ter sido uma declaração sarcástica de independência, mas convida o ouvinte a compartilhar a alegria da jovem Cyrus. We Can’t Stop continua batendo, mas Wrecking Ball, na verdade, aponta para onde a carreira de Cyrus pode levá-la, uma vez que a vocalista habilmente lida com a balada mid-tempo.
Toda vez que eu faço alguma coisa, eu quero lembrar. Isso é o que me separa de todos os outros“, diz Cyrus no seu documentário da MTV, Miley: The Movement.Bangerz não é nem o melhor e nem o pior álbum pop lançado este ano, mas é indiscutivelmente o mais individual. O “Z” no final do título do álbum não significa nada, porque uma coisa que este álbum não irá fazer é colocá-lo para dormir.
1 – Adore You: “Eu apenas comecei a viver”, Cyrus canta acompanhada da bateria e murmúrios de uma corda. Bangerz, sabiamente, começa com uma música que é emocionalmente madura, mas não excessivamente provocadora. A cantora revela que sua paixão pode ser demonstrada em um resumo, vulneráveis proclamações de romance.
2 – We Can’t Stop: Ah, você já ouviu essa, não? We Can’t Stop continua sendo uma das canções do pop mais inquestionáveis de 2013, com uma letra meme-able, maravilhosamente produzida por Mike Will Made It, e sem dúvidas, a melhor introdução de qualquer sucesso de verão.
3 – SMS (Bangerz) feat. Britney Spears: Miley descreveu Britney Spears como uma ídola, e aqui, ela simula a tendência da rainha pop para atrevida: “É a Britney, vadia”. (Linha de exemplo: They ask me how I keep a man?/I keep a battery pack!”), enquanto empurra Spears para o próximo verso. SMS (Bangerz) é, reconhecidamente, superficial e repleta de truques. Mas isso não vai impedir ninguém de, pelo menos, dar uma olhada mais de perto em um dueto entre Miley e Britney, que está presente no CD, mesmo que apenas por questão de curiosidade.
4 – 4×4 feat. Nelly: Nelly não tem vergonha de estar colaborando com estrelas de Nashville, e mesmo que Miley Cyrus não é de maneira alguma uma artista country, ela pôde muito bem estar em 4×4, um hoedown ritmado sobre uma mulher rebelde. O arranjo extremamente simples cresce no ouvinte após repetidas execuções. Parabéns à Cyrus, Nelly e co-escritor Pharrell Williams por este conceito completamente radical.
5 - My Darlin’ feat. Future: Aqueles que querem saber o motivo de Ben E. King ser listado como um co-autor em My Darlin, terá sua resposta assim que Future e Cyrus sussurrarem alguns compassos de Stand By Me ao longo de uma ritmada batida de Mike Will.
6 – Wrecking Ball: O poder e o propósito de Wrecking Ball, o primeiro single de Cyrus a estar no Hot 100, é ampliado depois de um punhado de boas-mas-não-grandes canções de amor em Bangerz. Apesar de Adore You e My Darlin exibirem uma jovem cantora tentando integrar seu estilo renovado com canções românticas consagradas pelo tempo, Wrecking Ball é uma contundente canção de separação, com a qual ela sabe imediatamente lidar.
7 - Love Money Party feat. Big Sean: Cyrus aterriza no chão e implora Mike Will Made It para usar sua inteligencia na música com batidas assombradoras para igualar-se ao manifesto do fumo. Ao contrário do próprio single “23″ de Mike Will, do qual Miley desajeitadamente cuspiu bares para acompanhar as rimas em rápido tempo no clipe com Wiz Khalifa e Juicy J. A cantora aparece mais à vontade ao lado de Big Sean nessa música incrível.
8. Get It Right: Em 2012, muito antes das músicas de ressurgimento “Blurred Lines”/”Get Lucky”, Pharrell Williams acrescentou duas listas destaques para um par de álbuns pop de alto perfil, a música “Looking 4 Myself” (“Twist”) de Usher e “Trepassing” de Adam Lambert. O produtor faz exatamente a mesma coisa em “Bangerz”, com “Get It Right”, uma brisa elegante definindo um assobio – sim assobiando. Cyrus parece absolutamente apaixonada com a vibe da música, como ela deveria estar.
9. Drive: A energia escura de Mike Will Made iT, bate de frente com Miley falando sobre uma traição com resultados mistos. A produção “zig-zags” impressionante, e enquanto Cyrus oferece mais uma performance convincente e mantêm o mesmo impacto do deslumbrante “Wrecking Ball”.
10. FU feat. French Montana: Oh, quando é que Miley Cyrus se transformou em Lady Gaga? Este piano exagerado é o rugido solitário em “Bangerz” com letras (“Then I accidentally saw a few things in your cell/I even LOL’d, man I should’ve known”), que fará com que a aparição de French Montana na música é apenas inexplicável quanto a música em si.
11. Do My Thang: Limpe o seu paladar da surpresa, “FU” como o hino oficial de “Banger”, musicalmente e liricamente. “Do My Thang” encontra Cyrus fazendo exatamente isso, lançando as linhas que crescem mais absurdamente a cada segundo, como os sintetizadores pegajosos e tirando percussão. É preciso coragem para apresentar palavras como “Bang bitch,you think I’m strange, bitch?/It’s bananas like a fucking ‘rangutan, bitch”, mas a destemida Miley nunca esteve em dúvida sobre seu álbum.
12. Maybe You’re Right: Grande bateria guiada por um coro distante de “whoa-oh-oh’s” como Cyrus relata seu romance previsível deteriorando para os capítulos de um livro que ela sabe muito bem. Com toques de influência gospel, “Maybe You’re Right” pode ser interpretado como uma visão autobiográfica sobre seu ex-noivo, depois de admitir: “Você deve pensar que eu sou louca…. Talvez você esteja certo”, a cantora dá um passo a frente e assumidamente diz: “Este capítulo está acabado.”
13. Someone Else: É justo que a última declaração de Miley (na edição padrão do álbum, pelo menos) de seu novo passado, vem junto com a batida de Hip-Hop de Mike Will Made It. “Someone Else” não ressoa completamente, especialmente no seu tempo de execução, mas faz um fascinante som, no entando – assim como “Bangerz” na sua totalidade.
Fonte: Billboard.com | Tradução: Henrique e Luiza – Equipe MCyrus.com