Confira a entrevista de Miley para a revista CAPRICHO

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Como noticiado aqui no site, Miley está estampando a capa da primeira quinzena de Setembro da revista CAPRICHO. Nós já transcrevemos a entrevista que está nela e você pode conferir logo abaixo.
Miley, o clipe de We Can’t Stop teve a maior repercussão. Era o que você esperava? Você ficou feliz?
Era o que eu esperava, sim. Minha madrinha é a Dolly Parton (atriz e cantora que também fez a madrinha de Miley em Hannah Montana) e ela sempre me diz: “Miley, não existe publicidade ruim!” Talvez eu tenha sido um pouco guiada pela Dolly quando fiz o clipe. Olha para ela, sabe! Quando a Dolly Parton está em algum lugar, é impossível não notá-la. Eu a admiro!
Que tipo de mensagem você queria passar com o vídeo?
Quis criar algo que virasse assunto. Acho que o clipe é jovem e honesto. É legal ver alguém da minha idade fazendo coisas que gente jovem realmente faz – não ficou uma coisa completamente decorada e coreografada. A festa, no meu clipe, pelo menos parece com uma festa de verdade. Tipo a melhor festa de todas. Eu quero que as pessoas me vejam e pensem “quero ser a melhor amiga dela” – porque eu sou real e porque parece ser divertido estar ao meu lado.
E é mesmo tão legal sair com a Miley Cyrus? Ou, na verdade, você é bem normal e quietinha na vida real?
Que nada! Isso eu não sou! A gente precisa muuuito sair juntos! Você vai se divertir comigo. Eu prometo. (risos)
Qual foi a última festa bem louca a que você foi?
Faz algumas semanas, fui a uma boate de striptease. Foi bem intenso. Perto disso, o meu clipe parece um show infantil…
Pelo jeito, um lugar como esse não te choca, né?
Não, não choca. Pode parecer meio precipitado dizer isso, mas nada realmente me choca assim, tão fácil. É por isso que eu me surpreendo cada vez mais quando as pessoas me dizem que o meu clipe é assim tão escandaloso. Eu não acho isso, de verdade. Por outro lado, talvez o meu ponto de vista seja diferente. Eu moro em Los Angeles e viajo pelo mundo… Pessoas que vivem em cidades menores podem pensar diferente de mim.
Você achou que o clipe poderia ficar sexy demais?
Sexy demais? Isso não existe! (risos) Pelo menos não para mim. Eu tive que fazer um papel por tanto tempo que agora é extremamente importante não me deixar afetar e ser autêntica e honesta – tanto para os fãs quanto para mim mesma. Tenho certeza de que as pessoas da minha idade me entendem. Quando você cresce, quer se libertar de tudo que te segurou ou te limitou. Para alguns, foram os pais, para mim foi o papel de Hannah Montana. Tudo era muito legal e me tornou famosa, sem dúvida, mas Hannah Montana não cresceu. A Miley sim.
A sua irmã Noah tem 13 anos. Você a deixou ver o clipe?!
A Noah adora o vídeo! Sim, ela pode assistir, mas eu disse para que não se atrevesse a reproduzir as cenas com as amigas! (risos) Ela é bem madura para a idade dela, o clipe não a confunde e eu até acho que as meninas de 13 anos hoje são diferentes das de quando eu tinha 13 anos.
Em que sentido?
São mais maduras, já viram mais coisas. Quando eu tinha 13 anos, não existiam Twitter, Facebook e iPhone. Eu tinha um celular normal. Eu acho que, para algumas garotas, a vida está acontecendo quase somente pelas telas. Sempre digo para a Noah: “Vá se divertir lá fora. Ache um esporte de que goste”. Eu era muito ativa, ia a aulas de atuação, de canto, de dança, sempre tinha alguma coisa para fazer. Jogava basquete, beisebol, e nunca ficava sentada no computador! Acho que é importante essas meninas terem um hobby que não seja no computador.
Apesar de ser tão famosa e trabalhar tanto, você acha que sempre teve tempo para ser uma garota normal?
Sim! É claro que menos do que as outras pessoas, mas sempre tive uma compensação pela minha carreira. Sempre fui feliz, nunca me senti oprimida ou pressionada. Se eu não curtisse mais o meio artístico, eu sairia e pronto. As pessoas precisam de espaço, eu também, é por isso que eu não trabalho 24 horas por dia e nem sou obcecada. Não tenho medo de não estar em alta se deixo de tuitar por alguns dias. Pelo contrário: se as pessoas sentem a sua falta, elas vão querer mais de você. Meu novo single também foi tão bem porque as pessoas estavam curiosas. Isso porque eu não fiquei lançando uma canção todo mês – eu esperei.
No seu próximo CD, uma música não é nada parecida com a outra – tem pop, R&B, rock… Por quê?
Trabalhei nesse álbum por dois anos, com muitos produtores e compositores. Além disso, em cada parte do mundo, um estilo de música faz mais sucesso. E eu queria um CD que funcionasse no mundo inteiro. O único que é realmente gigante em qualquer lugar é o Pharrell Williams. Então você pode imaginar quão feliz eu fico de tê-lo no meu CD!
Quando você gravou a música 4×4 com o Pharrell, Blurred Lines, do Robin Thicke, já existia?
Sim, ele tocou a música para mim e eu não conseguia tirá-la da cabeça. É incrível como ele deu uma nova direção à carreira dele e à do Robin Thicke!
Em 4×4, você diz ser uma rebelde. Você acha isso mesmo?
A música é o meu “Hino Nashville”. Eu imagino uma garota de pé em uma camionete em movimento, gritando a música para o mundo. Vim de Nashville e acho que o jeito atrevido das garotas de lá é ótimo. As meninas de Nashville são corajosas, confiantes e eu sinto falta de ouvir a voz de gente da minha cidade natal na música de hoje.
E a Taylor Swift?
Ela vem da Pensilvânia, não é uma nativa da música country. Ela se mudou para lá.
Você já disse que o Bangerz é um novo começo. Você pensou muito em como seria esse recomeço?
Na verdade, não. Eu sou jovem e não tenho medo de nada. O que tenho a perder? Quando uma música não dá certo no estúdio, a gente não a usa. Não sinto como se estivesse sendo muito pressionada. Posso cortar a tal música e tentar coisas novas. Talvez eu ainda seja assim porque nunca vivi um momento ruim na minha carreira até agora.
Você fica feliz por não ser mais uma garota vivendo na bolha de Hannah Montana?
Hannah Montana, naquela época, era o certo para mim. Todo mundo fica sentindo pena como se eu tivesse sido forçada àquilo. Sem noção. Eu era uma criança quando comecei e foi ótimo. Mas, é claro, aos 20 anos, eu não acho que tem mais a ver para mim interpretar esses papéis novinhos. Eu prefiro ser jovem, livre e eu mesma.
Você se sente com 20 anos?
Hoje eu me sinto com 75 porque estou muito cansada! (risos) Minhas costas estão doendo e, neste momento, não estou muito a fim de pegar o meu longo voo de amanhã. Mas, dentro de mim, lá no fundo, emocionalmente, eu tenho uns 12 anos.
Por que você acha isso?
Porque, por exemplo, na minha casa sempre parece que uma bomba acabou de explodir. (risos) Os cachorros fazem o que eles querem e, como eu moro lá sozinha ou com o meu namorado (o ator Liam Hemsworth), eu me sinto super pequena naquela casa gigante, como uma criança em um playground.
Como você se vira com as tarefas de casa?
Eu cozinho muito bem, então não passo fome. (risos) E eu até tento deixar tudo limpo e em ordem o tempo todo. Exceto na sala de estar, onde ficam os cachorros. Nossa, essa parte da minha casa parece o inferno.
Quantos cachorros moram na sua casa em Los Angeles?
Quatro. Um deles é uma pitbull chamada Mary Jane e ela é a minha favorita.
Nossa, tomara que a Mary Jane e os outros três não morram de sede quando você estiver fora!
Não, não. Hahaha. Meu namorado cuida dos cachorros. Mas isso não quer dizer muito… Eu já consigo imaginar a bagunça que eles fizeram! Na melhor das hipóteses, eles arranharam o sofá. Na pior, eles o estraçalharam. Ah, os nomes são Mary Jane, Happy, Floyd e Bean!
Então eles fazem o que querem? (risos)
Basicamente, sim. Quase não colocamos limites nos cachorros. Não sou muito brava e eles nunca me respeitam. Por causa disso, meu namorado sempre fica irritado. Ele fala que acaba pagando por isso quando está sozinho porque eu não imponho limites aos animais. Mas é que eu não consigo! Eles são fofos demais para seguir regras. Não dá nem para gritar com eles.
Então o Liam não consegue controlar os cachorros?
Ele tenta. Na maioria das vezes, eles ouvem mais a ele do que a mim porque o Liam não os mima tanto quanto eu. Se nós dois estamos lá, eles sempre ficam ao meu redor. E a gente gosta de discutir sobre o que os cachorros podem ou não fazer.
Os cachorros vão para a cama com você?
É claro! Os cachorros dormem com a gente.
Hmmm…
Eu sei. Meu namorado também não gosta disso. Ele acha nojento. Fala que os cachorros ficam pulando na sujeira o dia todo e aí ele tem que dormir com toda aquela imundície. Mas ele não manda nada em relação a isso! Eu amo abraçar meus cachorros, eles são fofos como os bebês. Sou louca pelos meus cães: todas as paredes de casa são cobertas por fotos deles.
A gente pode dizer que você não dá nenhum tipo de educação a eles, então?
Bom, eu os coloco em frente à TV. Se eu saio rapidinho de casa, para fazer compras ou algo assim, ligo a televisão porque o som os acalma! Meu namorado diz que “cachorros não ligam para programas de TV”, mas eles são muito mimados, então…
Se você já mima seus cachorros desse jeito, como vai ser quando tiver um filho?
Nossa, aí você está cutucando um dos meus pontos sensíveis. Antes de me tornar mãe, eu preciso aprender a passar disciplina a outros seres vivos, senão tudo vai virar uma grande bagunça! (risos) Se eu educar meus filhos do mesmo jeito que educo meus cães, eles com certeza não vão crescer na vida. E eles nunca vão me respeitar!
Seus pais foram muito rígidos com você?
Eu cresci com cinco irmãos em uma enorme fazenda em Nashville. Eu acho que a infância me endureceu e fez com que trabalho duro significasse algo normal para mim hoje em dia.
Por quê?
Por muitos anos, fui a irmã do meio. De alguma forma, sempre tive que me impor contra minhas irmãs e meu irmão mais velho. Ou então eu queria mostrar que caminho minhas duas irmãs menores deviam seguir. Aí eu desenvolvi a síndrome do filho do meio, aquela síndrome do filho do meio, aquela síndrome do “olha pra mim”. Eu era uma criança muito motivada, sempre estabeleci objetivos para mim mesma e queria muito alcançá-los.
O que você acha de ter crescido em público?
Acho que fiz tudo certo. Continuei sendo eu mesma, sabe, eu sou a verdadeira Miley. Ninguém nunca me disse “é assim que vamos te transformar em uma mulher adulta”. Eu apenas vivo a minha vida e coleto experiências pelas quais toda garota jovem passa.
A música Wrecking Ball se destaca no álbum. No rock calminho, a sua voz se encaixa perfeitamente.
Obrigada. Acho que é a minha voz que deixa esse álbum consistente – e por causa também dos muitos produtores. Escrevi Wrecking Ball no piano e o Dr. Luke produziu. Ele é um especialista em músicas pop mais calmas, com orquestra. E eu acho que preciso de um pop calminho na minha carreira.
Por quê você acha isso?
Porque a música vai tocar o coração das pessoas, definitivamente. Depois dela, sinto que finalmente vou ter toda a liberdade que eu quero no meu som. Wrecking Ball é, acima de tudo, uma música de menina. Toda garota gosta de músicas que podem fazê-la chorar.
Sobre quem é a música Adore You? Você fala: “Quando você diz que me ama/ Eu sei que te amo mais”.
É uma música de amor, claro. E foi inspirada tanto no meu relacionamento como no relacionamento da minha co-autora. Mas também é importante amar a si mesma. Aliás, foi essa minha amiga que me inspirou a cortar o cabelo. Ela é careca e tinha acabado de perder 50 KG, o que é bem louco. Ela finalmente se aceitou e aprendeu a se amar.
Você sempre defendeu os direitos dos gays. Por que isso é tão importante para você?
Em Los Angeles, o casamento gay finalmente foi legalizado. Isso me deixou muito feliz! E por que é tão importante para mim? Porque eu sou do sul dos Estados Unidos. Sou a voz de uma região onde as mudanças não acontecem tão rapidamente, como em Nova York e na Califórnia. Eu quero que os jovens que vivem nessas áreas supostamente mais conservadoras entendam que é importante que todas as pessoas tenham direitos iguais.
Para terminar: em novembro, você faz 21 anos. Vai rolar uma grande festa?
Eu sempre fico nervosa antes do meu aniversário e acabo comemorando com um pé atrás. Acho que, este ano, vou dirigir até Miami com alguns amigos e curtir a praia por alguns dias!
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